Tendinite da Pata de Ganso
A pata de ganso é um conjunto de tendões formado pelos músculos sartório, semitendinoso e grácil. A denominação “pata de ganso” é em virtude da estrutura assemelhar-se a membrana natatória do ganso.
Essa musculatura tem a função primária de promover a flexão do joelho, tendo influência secundária na rotação interna da tíbia, e protegendo contra o estresse em rotação e em valgo.
Esse tipo de lesão é uma das tendinites mais frequente do joelho, afetando na maior parte a inserção da pata de ganso na borda superior interna da tíbia.
Sinais e Sintomas
– dor inflamatória na inserção do tendão (parte interna do joelho);
– sensibilidade à palpação (digitopressão) na área de inserção;
– dor na face medial do joelho ao subir e descer escadas;
– mobilidade articular passiva normal e ativa limitada pelo quadro de dor;
– ligeira tumefação sem acompanhamento de derrame articular, mas dolorosa à palpação;
Tipos de Tratamento
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O tratamento inicial deve incluir crioterapia, repouso, fisioterapia, medicação anti-inflamatória e, se necessário, a utilização de uma almofada entre as coxas ao dormir. É primordial a análise das condições que podem estar associadas à patologia como obesidade, desvio do joelho, pé plano, Diabetes, entre outros para também serem tratados. Em pacientes idosos com dor crônica podem ser utilizados exercícios isométricos para evitar atrofia muscular.
Portanto, na fase aguda, que é a mais dolorosa a patologia é tratada com anti-inflamatórios e antiálgicos. É indicada a massagem com gelo sobre a região do tendão durante 5 a 7 minutos e repouso articular para diminuição da atividade da parte afetada.
Na fase subaguda, realizam-se exercícios passivos e ativos-assistidos. Na fase de resolução, quando a dor desaparecer, estão indicados os exercícios com pesos, de facilitação neuromuscular proprioceptiva, funcionais, contra-resistência e mecanoterapia, sempre com objetivo de recuperação da força muscular e mobilidade articular.
Melhores Exercícios para Prevenir a Tendinite Pata de Ganso
Os exercícios aplicados na reabilitação devem ser direcionados ao:
– alongamento e fortalecimento da musculatura adutora do quadril;
– alongamento e fortalecimento do quadríceps, principalmente nos últimos 30 graus de extensão do joelho (enfatizando o vasto medial);
– alongamento dos músculos sartório, semitendinoso e grácil, que formam a pata de ganso;
Nota-se que nos casos de restrição e retração dos músculos e tendões a flexibilidade é a peça chave para o tratamento e prevenção da patologia, assim como o fortalecimento da musculatura da coxa para equilibrar a musculatura que envolve a articulação do joelho.
Importante sempre realizar uma boa avaliação para tratar a origem da patologia, e saber qual musculatura e desequilíbrios estão gerando o processo da doença.
Síndrome do Corredor - Trato Ileo Tibial
O trato iliotibial se refere a uma banda muscular que tem a função de estabilização do joelho lateralmente e do quadril, ainda atua auxiliando os músculos isquiotibiais na função de flexão do joelho e o músculo quadríceps na extensão do joelho. Essa banda muscular se origina no osso ilíaco estendendo-se por toda face lateral da coxa passando por cima do côndilo do fêmur até a inserção do seu tendão no tubérculo de Gerdy da tíbia.
A atuação do fisioterapeuta no tratamento da Síndrome do Trato Iliotibial é de grande importância devido a causa multifatorial que leva a esse tipo de lesão. Notam-se uma série de alterações biomecânicas e funcionais que podem gerar atrito nessa região. Assim, o profissional vai tratar desde o quadro doloroso até os desequilíbrios musculares que podem estar causando a lesão. As causas da patologia podem se relacionar a alterações posturais, erro nas técnicas de treinamento em atletas, irregularidades no terreno, alteração no arco plantar, uso de calçados inadequados, entre outros.
Observam-se que a longo prazo os ajustes corporais, o tratamento de forma global, com alongamentos (principalmente do trato iliotibial), exercícios de fortalecimento, reeducação muscular, reeducação postural, se mostram muito relevantes para o controle dos sintomas e diminuição da fricção que pode gerar o processo inflamatório.
Na última fase do tratamento se torna importante o preparo do corpo para o retorno das atividades, com exercícios em maior amplitude de movimento de joelho e quadril, e tensão da musculatura envolvida, treinando de forma a priorizar sempre as atividades de vida diária.
Alongamentos Úteis Para a Recuperação
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– Alongamento trato iliotibial
Em decúbito dorsal, com flexão de quadril e joelho, inclinar a perna para o lado em rotação puxando o membro inferior pelo joelho até sentir alongamento na face lateral da perna. Cuidado para não retirar o quadril do chão mantendo a coluna posicionada no chão.
– Alongamento de quadríceps
Em pé, flexão de joelho puxando pela face dorsal do pé.
– Alongamento do tensor da fáscia lata
Em pé, com o quadril em adução passando atrás do outro membro inferior até sentir o alongamento da face lateral do membro inferior.
– Alongamento de isquiotibiais
Em decúbito dorsal, com uma faixa no pé puxar em flexão de quadril com o joelho estendido até sentir alongar, e o membro inferior contrário ao longo do corpo.
Tratamento Fisioterapêutico Para o Trato Iliotibial
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Tratamento Conservador
Na maioria dos casos o tratamento é conservador, sendo indicado medicação antinflamatória e frequentemente fisioterapia para tratar não somente os sintomas, mas também os problemas que podem estar causando a lesão.
Geralmente o paciente apresenta grande melhora do quadro álgico com o tratamento conservador, sendo necessário manter o tratamento para atuar na prevenção de futuras lesões.
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